29.4.07

25/04

O 25 de Abril passou, mais uma vez manifestações (reais e encenadas) aconteceram por este Portugal fora.
Passei o feriado na zona universitária, foi óptimo para descasar, até porque o Sr. S.Pedro resolveu molhar o dia (não fosse este cantinho o penico de Portugal).
Na conversa chegamos à conclusão de que cada vez mais este é um dia em que não se trabalha, um dia para fazer reivindicações, um dia para por as contas (do sono) em dia, uma véspera para o pessoal sair e se divertir…
Chegamos à conclusão de que quem não viveu e não sentiu a Revolução dos Cravos, não pode saber o que é, e por isso não lhe dá o devido valor. Muito se pode dizer sobre esta data que transformou Portugal, e não há muito tempo, mas isso está ao dispor de todos em qualquer lado, é só procurar.
Eu apenas vou deixar uma das músicas da época, que gosto muito.

Somos livres (uma gaivota voava voava)

Ontem apenas
fomos a voz sufocada
dum povo a dizer não quero;
fomos os bobos-do-rei
mastigando desespero.
Ontem apenas
fomos o povo a chorar
na sarjeta dos que, à força,
ultrajaram e venderam
esta terra, hoje nossa.
Uma gaivota voava, voava,
assas de vento,
coração de mar.
Como ela, somos livres,
somos livres de voar.
Uma papoila crescia, crescia,
grito vermelho
num campo cualquer.
Como ela somos livres,
somos livres de crescer.
Uma criança dizia, dizia
"quando for grande
não vou combater".
Como ela, somos livres,
somos livres de dizer.
Somos um povo que cerra fileiras,
parte à conquista
do pão e da paz.
Somos livres, somos livres,
não voltaremos atrás.
** Ermelinda Duarte.

1 comentário:

João Ruivo disse...

Hoje em dia toma-se a liberdade como um bem garantido, mas mta gente esquece-se que nem sempre foi assim (pessoalmente até acho k até me incluo nessa categoria, sem valorizar muito a dita cuja).

Quanto a música, e para não parecer que ando a perder qualidades e a escrever coisas sérias... só me lembra:
"Uma gaivota voava voava, p*ta que a pariu nunca mais se cansava!"

Runcolho