1.6.07

Lá vai Lisboa



E chegados ao início de Junho, e depois de meses de trabalho a preparar o “próximo ano”, as marchas finalmente saem à rua para comemorar o 75º aniversário deste arraial lisboeta. Durante este fim-de-semana, no Pavilhão Atlântico, as Marchas a concurso são sujeitas à apresentação de músicas e coreografias alusivas ao seu bairro, que depois oferecem aos “populares” na Avenida da Liberdade.
Desde 1932, ano em que nascem apadrinhadas por Leitão Barros, doze bairros já arrecadaram o manjerico nesta festa de Santos Populares, Alfama e Madragoa são as rainhas, a primeira conta com treze títulos e a segunda com nove.
A cor, o movimento, a alegria, a sátira, os cantares, os rodados das saias e os “piquenos” de “A voz do Operário”, que abrem a marcha e conduzem milhares de espectadores ao festim da dança de mão na anca e de braço dado. Este ambiente bairrista cativa já os mais novos, que deixam o Bairro Alto para comer uma sardinha (à mão) numa fatia de broa, e dançar ao som do popular com a avó e a vizinha dos beijinhos repenicados.



Esperemos então pelo grande desfile de dia 12 na avenida, recheada de manjericos e perfumada pela sardinha e pimento assado…E despeço-me de água na boca, que por aqui já cheira a marchas!!!




=)

3 comentários:

João Ruivo disse...

Sem sombra de dúvidas um post com grande cariz emocional (ou terá sido sentimental?) como prometido!! :P

Devo confessar que não sou grande adepto das festas populares e de praticamente tudo que as envolve.
Não gosto de grande parte da música, não gosto dos desfiles, não gosto dos carrinhos de choque, não gosto de sardinhas (e do respectivo cheiro), não gosto de tinto...
Gosto somente dos manjericos (e do respectivo cheiro), das rimas e dos cantares ao desafio!!
(as farturas caem-me no campo do indiferente)

Não posso é deixar de criticar a centralização deste post em Lisboa (infelizmente não é caso único... isso é um problema do nosso país).

As festas populares não se resumem ao St. António lisboeta, também as Antoninas são celebradas em Famalicão. Diz-se que o próprio Santo António tem preferência pelas festas famalicenses.

Depois há o S. João no Porto, S. Pedro na Póvoa isto para referir algumas que são aqui à beirinha.

Eu se gostasse era capaz de ficar chateado porque calha quase tudo em época de exames mas sendo assim...
Venham é os cantares ao desafio!!

Runcolho, o Jénio

(terei sido muito negativo?)

S.A. disse...

Uma aparente centralização que pretende, de certeza, dar conta de toda a festa popular que nos próximos dias acontece por todo o país.
Não sou frequentadora assídua, talvez por falta de oportunidade. Mas lembro de há muitos anos atrás ir em direcção à avenida da Boavista onde, naquela noite de S.João, tudo acontecia! E recordo-me perfeitamente do entusiasmo com que saímos de casa... era festa, é festa, e vai continuar a ser! Desde que nao sejamos contaminados pelo não espírito do sr aspirante a jénio!
Querida amiga Sarinha, temos de prolongar o cheirinho a marcha pelo Verão fora: sardinhas, pimentos, e tu a tratar das brasas! :) Afinal, isto também justifica a nossa existência!

Ana, BM

João Ruivo disse...

Não é a questão de alguém se deixar contaminar pelo meu espírito. Aliás espero que isso não aconteça pois não desejo a minha triste vida a ninguém... longe disso!

Estou só a constatar a minha opinião... quem não gosta não vai, não quero que ninguém deixe de ir porque eu escrevi praqui o que me vai na alma. É como as touradas, quem não gosta não vá!

Se vão pegar pela cena de matar animais pra divertimento (não sei qual a vossa opinião quanto às touradas)... já pensaram na quantidade de sardinhas mortas? Vão dizer que é uma questão de subsistência? Claro que não! Se não comessem sardinhas, comiam outra coisa qualquer, é puro lazer também!

Runcolho

P.S. - Pimentos sim!!
P.S.2 - A Sarinha é que é a brasa? :P