18.2.07

Dono do Cérebro

Primar pela diferença!!! Não somos nós que todos os dias lutamos pela não diferença, não somos nos que consideramos que Diferenças nos são inDiferentes...então porquê querer fugir às injecções culturais e sociais que nos atingem com tal força que nos envolvem sem que haja qualquer tipo de resistência da nossa parte, se é que na maioria das vezes nos apercebemos do acontecido.
Pelo contrário, a diferença faz parte de nós, faz parte do ser humano. Frans de Waal, realiza importantes estudos para tentar perceber a natureza humana, comparando-nos com chimpanzés em 98% de ADN semelhante, e o que são os outros 2%?!?! Talvez aquilo que verdadeiramente nos distingue, a capacidade de diferenciar e tornar, sim, diferente tudo o que nos envolve começado por nós próprios! Sim também é verdade que os pequenos bebés iniciam a sua vida a imitar, todos nós o fizemos e por isso os pais/educadores continuam a ser o grande papel de referência social. Mas é preciso olhar a nossa volta e perceber que os comportamentos mudam e transforma a sociedade que por sua vez influencia o rumo dos comportamentos, e a terra gira sobre si e muda.
Esta, dizem, é a Era da informação, dos pc’s, da net (msn, e-mail, jornais on-line), dos média, da globalização, porque não colocar as coisas nestes termos. A Era em que o enforcamento de um “tirano” (como tantos o classificaram) é transmitida em directo e a cores para todo o mundo, e que pequenas crianças em Portugal imitam, e morrem…
Podia fazer desfilar exemplos, tantos tantos, que muitas vezes nos superam mesmo quando pensamos que já tínhamos visto ou ouvido tudo. A moda é ditada por criadores, a musica por grandes críticos de renome, …, mas é daí que vem a “moda das modas”?!? Sim e não! Sim são apresentadas ao grande público, nós; não porque somos nós que aceitamos e deixamos infiltrar. Hoje vemos, ouvimos, lemos, vestimos, e amanha o nossa amigo/vizinho faz o mesmo. São os gostos individuais que tem de ser apurados, ou melhor, o sentido critico pessoal que tem de ser construído, porque esse sim faz a diferença entre a aceitação do comum, das modas, e do que verdadeiramente nos distingue, nos apetece fazer, ler, vestir, dizer! Talvez assim tão simples, talvez não! A sociedade dita as regras e nós fazemos parte da sociedade, «agora pensa»…
É nesta mesma sociedade que somos afastados ou reprovados se não seguimos as tendências, se não ouvimos aquela musica que passa na rádio vezes e vezes sem conta, se não usamos a cor desta estação ou o estilo que alguém numa tarde de nostalgia encontrou no baú da avó, se não lemos o último livro de uma qualquer autora com titulo mais estapafúrdio alguma vez lido ou o best-seller de um qualquer autor americano consagrado. Mas as diferenças não se ficam pelo frenético consumo dos shopping’s em solarengas tardes de Inverno, continuamos a acentuar as diferenças regionais, ou melhor, a tentar que estas desapareçam, a tentar atenuar o pronuncia, as expressões características, será que é o preceito das grandes cidades que deve prevalecer, e porque será que isto acontece, será que o nosso mundo é este?!?
Gosto daquela «mas quem é que te trouxe??», que soa estranho, mas depois de ouvir a outra «parece que somos formatadas», talvez compreenda um pouco melhor as ligações. E aqui uma grande volta, «à Cris», leva-nos à simples e constante uniformização de pensamento de qualquer uma pessoa deste mundo que é o nosso e quem não o segue, é um qualquer ET de Spielberg. =)

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